Em termos gerais, tem razão ao querer que o seu orientador o ajude na limitação do tema com sugestões e técnicas de pesquisa; dedique à orientação do trabalho no mínimo, tempo suficiente destinadas a sessões de trabalho consigo, que deve incluir aspectos metodológicos, orientação para a investigação e preparação da monografia e da defesa oral.

Você espera que ele converse sobre referências bibliográficas relevantes e sugira (Livros, secção do livro, artigo de Jornal, artigo de Publicação, registos publicados da conferência, relatórios, web Sites, documentos de web sites, fonte electrónica, arte, gravação Sonora, espetáculos, filme, entrevista, patente, casos e diversos etc.), relacionados ao seu tema;

 Também está no seu direito, exigir que este,  o encontre sempre que haver necessidades para tratar dos avanços da monografia ou dissertação (se a sua universidade permite), opine de forma aberta sobre a qualidade de seu trabalho e informe como melhorá-lo, mantenha respeito mútuo no tratamento, seja rigoroso quanto à qualidade de seu trabalho, esclareça os segredos de defesa no seu devido tempo e não te faça  pergunta no dia de sua defesa.

 É Preciso ter muito cuidado, na prática nem sempre isso acontece, a vasta maioria dos tutores só dizem “vai e faça diferente” “tudo o que você fez está mal” “ você não sabe pesquisar” alguns riscam tudo do que já produziu sem o mínimo respeito pelo esforço empreendido.

 Com minha vasta experiência no ramo da assessoria académica em Angola, descobri que certas atitudes são idênticas em todos orientadores, quer eles sejam das Universidades Públicas como Privadas. As cinco verdades destacadas nesta publicação são tão visíveis e se você as descura (negligência), te podem provocar muitos problemas e até classificação baixa.

É claro que há excepções, temos em Angola orientadores de referência que fazem todos os possíveis para orientarem com brio. Esta publicação de jeito algum quer rebaixar o grande trabalho feito pelos orientadores sérios e que fazem um imenso esforço para cumprirem o seu papel de tutores ( Guias académicos).

 A escolha do orientador deveria ser um assunto tão pensado quanto a escolha do tema, visto que o  papel original do mesmo é indicar o rumo, nortear, dar dicas, incentivos, estimular e influenciar o estudante para o alcance do objectivo (conclusão do trabalho). Mas o que se vê na prática são práticas influenciadas pela própria natureza humana  e algumas atitudes antiéticas.

Que cinco verdades o meu orientador nunca me dirá? 

 1- Ele não quer que o troques com outro mesmo não dando a ajuda necessária

 Algumas pessoas por terem estudado alguma coisa ganham também "um ego inflado" (só eles sabem, não aceitam a perda, por isso se tornam presunçosos, arrogantes, e nunca reconhecem que não dominam certo assunto) por causa disto, o seu egoísmo dará a si mesmo um senso grandioso de auto - importância parecendo que pode orientar qualquer tema que algum estudante o apresentar. Se você o troca com outro criará um espirito de competição desembestado. O comutado fará todos os possíveis de o prejudicar na próxima oportunidade.

 Como lidar com esta situação? A troca de orientador deve ser gerida pela Universidade, é a melhor opção. Consulte os assuntos académicos se haver necessidades de substituição do orientador, porém é bom que este seja notificado pela Universidade em vez de pelo estudante.

 2 – Ele não quer “tanto” que defendas um tema que não seja sugerido por ele

Na realidade ele prefere que o assunto em abordagem seja sempre sugerido por ele. Alguns orientadores costumam a coagir os seus orientandos a alterar o tema usando as seguintes frases: “ este tema não está bem elaborado, vamos altera-lo” “ este já foi muito abordado” “ este está muito vago” “é melhor falar disto” etc…alguns  nunca aparecem no momento da estruturação do tema, só surgem depois de um grande avanço do estudante.

Acredito que tem um motivo forte, para abordar o assunto que você escolheu, mas ele  dificilmente está interessado com isso”. Na realidade os orientadores nunca sabem  mais do seu tema do que você mesmo, o que você precisa dele é algumas ideias para complementar as suas e não o contrário.

 COMO LIDAR COM ISSO?

Alguns pesquisadores sugerem: Antes de conversar com seu orientador, faça um sobre o que você quer falar e, principalmente, como você quer fazer esse processo. Não leve um tema mesmo que for interessante directamente para os assuntos académicos antes de mostra-lo ao seu tutor.

 3- Ele tem pouco interesse (tempo) por você

Você só é especial para sua mãe se for filho único.

O seu orientador tem vários outros orientandos. Antes de ser lido, seu projecto de pesquisa ou capítulo da monografia pode passar uma época no porta luvas do carro do seu orientador, no armário da faculdade, no armário de casa e até outros chegam a perder no meio de tantos outros pré-projectos perdidos que ele possui … enfim, esta é a realidade. Não se surpreenda ao ver aquela cara de “você já me deu alguma coisa?” depois daqueles tantos dias em que você tentou uma nova orientação.

 COMO LIDAR COM ISSO?

Alguns pesquisadores dizem que tem dois modos. O mais delicado é reapresentando o tema ao seu orientador, toda vez que vocês se encontrarem, tanto porque isso pode ajudar ele a ver novas perspectivas sobre seu tema, quanto porque você também retoma a linha do raciocínio. Na maioria das vezes, o orientador não é relapso por maldade, mas em algumas vezes, sim. Nesse caso é apelar para o segundo jeito que é, literalmente, confrontando ele. Mas só vá se você tiver todos os meios possíveis para comprovar que você tem razão, senão o que está funesto, pode ficar pior ainda.

 4- Dificilmente ele está feliz te orientando

 E a causa disso é porque as universidades em Angola, não sei noutros países obrigam os orientadores, em muitos casos, a pegar mais orientandos do que eles gostariam e eles não são pagos proporcionalmente, ou seja, deixa-te explicar melhor: ele gasta muito tempo com você e as Universidades fingem pagar este tempo  na realidade isso não acontece. Se você tem muito dinheiro e está sempre enviado saldos, e outros benefícios para o seu tutor “naturalmente” ele fica mais motivado em ajudar-te. Sabe porque? Porque eles não ganham com isso, fazem só por amor à camisola.

Os tutores no final do dia se apercebem que financeiramente não ganharam, daí surge o desinteresse. Em outros casos, há muita pressão no dia-dia, ele tem a sua família, seus filhos, seu emprego, suas diversões e outras coisas por fazer principalmente quando ele ainda está em processo de formação, a situação piora. Nesse caso, não se espante se a sua monografia levar 3, 4, 5, 6 ou até 7 anos até terminar. Uma “coisinha” que devia terminar em 2 meses ou menos.

 COMO LIDAR COM ISSO? 

Na minha modesta opinião, tem similarmente duas opções. Então tente conversar com ele sobre melhores e mais práticas formas de orientação. Evite encontros físicos constantes, use E-mails, WhatsApp, Messenger e outros métodos de comunicação, no mundo globalizado estar frente a frente do seu orientador não é mais uma questão de presença física. A outra possibilidade é você usar a técnica de concluir primeiro o trabalho todo com a autorização dele e depois procura-lo. “esta técnica também funciona em alguns casos”.

 5- Seu orientador “Provavelmente” não domina o regulamento da sua Universidade

 Você já percebeu que algumas regras ABNT são totalmente diferentes da sua universidade, mas muitos orientadores insistem: usa as regras ABNT e não as de sua Universidade. Ali você tem certeza que ele não tem interesse nas normas da sua universidade. Para piorar outros dão aulas em várias Universidades e confundem as normas: Ora diz “ tira a hipótese, volta e meia “ devolve as hipóteses”.

 COMO LIDAR COM ISSO?

Estude muito bem o regulamento da Universidade e compartilhe-o com o seu orientador, procure mantê-lo por perto para defender-se. Indique sempre que haver contrariedades.

 

Elaborado por: Abreu Nzuanga Panzo,
WhatsApp: 937 41 16 16