A formulação de hipóteses geralmente segue o modelo "Se x, então y", ligando variáveis. As hipóteses devem ser formalmente corretas, baseadas em conhecimento prévio e empiricamente verificáveis, com exemplos variando entre variáveis simples e complexas.
Há várias
maneiras de formular hipóteses, mas a mais comum é "Se x, então y",
onde x e y são variáveis ligadas entre si pelas palavras "se" e
"então".
Exemplos:
"Se privação na infância, então deficiência na realização escolar mais
tarde" (Loren, 2000, p.45); "Se elevado grau de desorganização
interna na família (carente), então (maior probabilidade de) marginalização do
menor" (Artur, 2001, p.14).
Os
exemplos dados correlacionam apenas duas variáveis. Entretanto, muitas vezes a
correlação ocorre entre mais de duas variáveis. A hipótese poderá ser
simbolizada de duas formas: "Se x, então y, sob as condições r e s,"
ou "Se X1 e X2 e X3, então y."
Exemplos:
"Se incentivo positivo (x), então aprendizagem aumentada (y), dado sexo
feminino (r) e classe média (s)" ou "Se incentivo positivo (X1) e
sexo feminino (X2) e classe média (X3), então aumento na aprendizagem
(y)"; "Se elevado grau de desorganização interna na família carente
(x), então maior probabilidade de marginalização do menor (y), dado baixa
escolaridade do menor (r) e elevado grau de mobilidade geográfica - migração -
da família (s)" ou "se elevado grau de desorganização interna da
família carente (X1) e baixa escolaridade do menor (X2) e elevado grau de
mobilidade geográfica - migração - da família (X3), então maior probabilidade
de marginalização do menor (y)."
Podemos
considerar que todo enunciado que tome a forma de "Se x, então y" é.
uma hipótese - condição suficiente, mas não necessária, já que muitas
hipóteses, em vez de expressas de forma condicional, o são de maneira
categórica (embora sejam equivalentes à forma condicional e nela traduzíveis).
Exemplos: "A
água ferve a l00"C"; "O comportamento de pintar com os dedos é,
em parte, uma função da classe social" (Loren, 2008, p.29).
A ciência impõe
três requisitos principais à formulação das hipóteses:
1) A hipótese
deve ser formalmente correcta e não se apresentar "vazia"
semanticamente.
2) A hipótese
deve estar fundamentada, até certo ponto, em conhecimento anterior; caso
contrário, volta a imperar o pressuposto já indicado de que deve ser
compatível, sendo completamente nova em matéria de conteúdo, com o corpo de
conhecimento científico já existente.
3) A hipótese tem
de ser empiricamente contrastável, por intermédio de procedimentos objectivos
da ciência, ou seja, mediante sua comparação com os dados empíricos, por sua
vez controlados tanto por técnicas quanto por teorias científicas.
(Exemplos):
HP1: há
adequação…
HP2: Não Há adequação…
HP1:
Actual política pública no combate a criminalidade não se adequa a realidade da
Província (Abreu, p.23) …
HP2:
Actual política pública no combate a criminalidade se adequa a realidade da
Província… (António, p.34) …
HP1:
Supomos que… (use esta somente se não escreveu o subtítulo “Hipóteses” caso
contrário ressoaria como uma repetição desnecessária) …
HP2: Acreditamos
que.
HP1:
As condições que representam factores formadores de atitudes exercem maior
influência na decisão das mães em dar o filho recém-nascido para adopção do que
as condições que representam factores biológicos e socioeconómicos"
(Antunes, 1990, p.23);
HP2:
As condições que representam factores formadores de atitudes sem sempre exercem
influência na decisão das mães em dar o filho recém-nascido para adopção do que
as condições que representam factores biológicos e socioeconómicos"
(Carlos, 2008, p.41).
HP1:
Se elevado índice de migração de grupos familiares carentes, então elevado grau
de desorganização familiar" (Alberto, 1984, p.12).
HP2:
Não há relação entre elevado índice de migração de grupos familiares carentes,
com elevado grau de desorganização familiar" (Abreu, 2018, p.24).
HP1:
Se privação na infância, então deficiência na realização escolar mais
tarde" (Loren, 2000, p.45).
HP2:
A privação de infância não é um factor que concorre como deficiência na
realização escolar mais tarde" (Paulo, 2020, p.74).
HP1:
Se elevado grau de desorganização interna na família (carente), então (maior
probabilidade de) marginalização do menor" (Artur, 2001, p.14).
HP2: A vida tem suas nuances, o elevado grau de
desorganização interna em famílias carentes, não necessariamente aumenta a
probabilidade de marginalização do menor (Nsona, 2020, p.46).
HP1:
O débil planeamento das Medias e pequenas empresas é principal factor da
inviabilidade no mercado de crédito… (Abreu, p.26).
HP2:
As exigências impostas pelas instituições financeiras é o principal factor da
inviabilidade no mercado de crédito… (João, p.43).
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