A ciência é o único caminho para o conhecimento? Definitivamente não. Veja o que alguns autores renomados comentaram sobre o assunto. A ideologia pode ser identificada por um conjunto de crenças de como os homens vivem e actuam no mundo (MARTINS; THEÓPHILO, 2009).
“As visões de mundo e ideologia influenciam bastante a ciência, porque impregnam o pensamento e o sentimento de sociedades e classes” (MARTINS; THEÓPHILO, 2009, p. 24). A ciência não é o único acesso ao conhecimento e à verdade.

O cientista e o homem comum podem observar o mesmo objecto e fenómeno, o que muda é a forma como esta observação é realizada” (MARTINS;THEÓPHILO, 2009, p. 25).
O exemplo do agricultor que sabe o momento exacto de semear, a época de colher, quando a terra necessita de adubo. Saber que determinada planta precisa da quantidade x de água e se não ocorrer de forma natural, deve ser irrigada – conhecimento verdadeiro e comprovável, mas não científico. Para ser científico é necessário conhecer a natureza dos vegetais, sua composição, ciclo de desenvolvimento etc. Ao se falar em conhecimento científico, o primeiro passo consiste em diferenciá-lo de outros tipos de conhecimento existentes. Para tal, analisemos uma situação histórica, que pode servir' de exemplo.

Desde a Antiguidade, até aos nossos dias, um camponês, mesmo indouto e/ou carenciado de outros conhecimentos, sabe o momento certo da semeadura, a época da colheita, a necessidade da utilização de adubos, as providências a serem tomadas para a defesa das plantações de ervas daninhas e pragas e o tipo de solo apropriado para as diferentes culturas. Tem igualmente conhecimento de que o cultivo do mesmo tipo, todos os anos, no mesmo local, esgota o solo. Já no período feudal, o sistema de cultivo era em faixas: duas cultivadas e uma terceira "em repouso", alternando-as de ano para ano, nunca cultivando a mesma planta, dois anos seguidos, numa única faixa. O início da Revolução Agrícola não se prende ao aparecimento, no século XVIII, de melhores arados, enxadas e outros tipos de maquinaria, mas à introdução, na segunda metade do século XVII, da cultura do nabo e do trevo, pois seu plantio evitava o desperdício de deixar a terra em pousio: seu cultivo "revitalizava" o solo, permitindo o uso constante.

Hoje, a agricultura utiliza-se de sementes seleccionadas, de adubos químicos, de defensivos contra as pragas e tenta-se, até, o controle biológico dos insectos daninhos. Combina-se, neste exemplo, dois tipos de conhecimento: o primeiro, vulgar ou popular, geralmente típico do camponês, transmitido de geração para geração por meio da educação informal e baseado em imitação e experiência pessoal; portanto, empírico e desprovido de conhecimento sobre.

A composição do solo, das causas do desenvolvimento das plantas, da natureza das pragas, do ciclo reprodutivo dos insectos etc.; o segundo, científico, é transmitido por intermédio de treinamento apropriado, sendo um conhecimento obtido de modo racional, conduzido por meio de procedimentos científicos. Visa explicar "por que" e "como" os fenómenos ocorrem, na tentativa de evidenciar os factos que estão correlacionados, numa visão mais globalizante do que a relacionada com um simples facto - uma cultura específica, de trigo, por exemplo.

Em resumo, o que distingue o conhecimento científico dos outros, principalmente do senso comum, não é o assunto, o tema ou o problema. O que distingue é a forma especial que adopta para investigar os problemas. Ambos podem ter o mesmo objecto de conhecimento. A atitude, a postura científica consiste em não dogmatizar os resultados das pesquisas, mas tratá-los como eternas hipóteses que necessitam de constante investigação e revisão crítica intersubjectiva é que torna um conhecimento objectivo e científico.

O Conhecimento científico constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico. É sistemático, já que se trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos. Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência.

Diferentemente da ciência, o conhecimento popular é intuitivo, espontâneo, com forte inclinação para erros, pois não é estudado, analisado e comprovado.

Precisa de ajuda para estruturar o seu tema? Envie o nome do curso, nome da cadeira ou disciplina que você mais dominou durante o período curricular (ou que pretende abordar) e as palavras-chaves do tema, e os nossos profissionais irão organizar um tema para si com cabeça tronco e membros devidamente composto, para que este “tema” seja o único na sua Universidade, visto que há tanta repetitividade nas nossas Universidades quanto aos temas defendidos: WhatsApp: +244 937 41 16 16

Caro estudante e professor, simplifique sua vida académica e seja você mesmo, por apenas 1.000 Kz detecte e corrija textos plagiados no seu trabalho, Angola precisa de si “original”. Saiba mais: +244 937 41 16 16.