Por: Abreu Nzuanga Panzo, 2021

1.1 DEFINIÇÕES DOS CONCEITOS

1.1.1 Banco

Um banco é uma entidade financeira que se dedica à gestão do dinheiro. O banco oferece serviços como o depósito de valores e o empréstimo de capital. O sistema bancário, também conhecido sob a designação de banca, é o conjunto dos bancos que operam dentro de uma economia. O conceito de banco, enquanto instituição financeira, começou a desenvolver-se durante o Renascimento. Os historiadores afirmam que o primeiro banco moderno foi o Banco di San Giorgio, fundado em Génova (Itália) em 1406 (ABREU, F.L, & ESCÁRIA, 2007, p. 121).

1.1.2   Crédito

Segundo o artigo 2º da lei de bases das instituições financeiras angolanas, o crédito é o acto pelo qual uma instituição financeira bancária ou não bancária, agindo a título oneroso, coloca ou promete colocar fundos à disposição de uma pessoa singular ou colectiva, contra a promessa de esta lhos restituir na data de vencimento, ou contrai, no interesse da mesma, uma obrigação por assinatura, tal como uma garantia (G.A, 2015).

            A palavra crédito conforme Caleço, (2009), provém do latim creditum, ter confiança podendo significar; Valor atribuído ao cumprimento da obrigação por parte de um dos sujeitos: Vender ou entregar algo num momento para receber pagamento ou a mesma coisa futuramente.

            Embora varie de banco para banco, a solicitação de crédito costuma compreender um formulário a preencher pelo solicitante, um comprovativo de rendimentos estáveis (como um recibo de salário, por exemplo) e a fotocópia do seu Bilhete de Identidade (BI) ou Cartão do Cidadão. É importante destacar que a apresentação de uma solicitação de crédito não obriga o banco a conceder o empréstimo. Trata-se, como indica o nome, de uma solicitação, de um pedido que o cliente bancário faz à entidade com o fim de ter acesso ao crédito. O banco, por conseguinte, tem a faculdade de recusar a solicitação (GITMAN, 2001).

 

1.1.3   Moeda

            A Moeda é basicamente é um instrumento de pagamento usado nas trocas, geralmente materializado, que é aceite por uma sociedade para pagar bens, serviços e todo o tipo de obrigações. A Moeda reúne três características básicas: trata-se de um meio de intercâmbio, que se armazena e transporte facilmente; é uma unidade de contabilidade, que permite medir e comparar o valor de produtos e serviços no caso de estes serem bastante diferentes uns dos outros; e é uma reserva de valor, que permite fazer poupanças (ASSAF, 2001).

             Foi utilizada nos primórdios da humanidade, nos primeiros agrupamentos humanos, que, em geral, eram nómades, e teriam sobrevivido sob padrões bastante simples de actividade económica: caça, pesca, colheita de produtos silvestres, tais grupos não conheciam a moeda, e quando recorriam as atividades de troca, realizavam trocas directas em espécie, denominado escambo (ASSAF, 2001).

1.1.4 Instituição Financeira Bancária

 Segundo o artigo 2º da lei de bases das instituições financeiras angolanas, os bancos, são empresas cuja actividade principal consiste em receber do público depósitos ou outros fundos reembolsáveis, a fim de os aplicar por conta própria, mediante a concessão de crédito, de acordo com o artigo 6º da presente Lei (G.A, 2015).

São aquelas que atuam como intermediários, canalizando as economias de indivíduos, empresas e governos para empréstimos ou investimentos. Como por exemplo: Banco Central, Bancos comerciam, Banco de Poupança.

1.1.5 Agência Bancária

De Acordo o artigo 2º da lei de bases das instituições financeiras angolanas agência Bancaria é um estabelecimento no País de instituição financeira bancária ou instituição financeira não bancária com sede em Angola que seja desprovido de personalidade jurídica e que efectue directamente, no todo ou em parte, operações inerentes à actividade da empresa, ou estabelecimento suplementar da sucursal, no País, de instituição financeira bancária ou instituição financeira não bancária com sede no estrangeiro (G.A, 2015).

1.2 IMPORTÂNCIA E ORIGEM DA MOEDA

            Nem sempre o dinheiro existiu. Na realidade, nos primórdios dos tempos, não havia dinheiro em nenhum lugar do planeta. As pessoas permutavam as coisas de que necessitavam. Se alguém tinha abundante carne e outra pessoa havia cultivado muitas frutas, cambiavam a carne pelas frutas. Assim, as duas permaneciam satisfeitas. Pesquisas antiquíssimas indicam que as moedas surgiram há quase 4 mil anos (2 500 a.C.), o que torna o dinheiro tão antigo quanto as pirâmides do Egipto. As primeiras moedas surgiram no séc. 7 a.C., no reino da Lídia, onde hoje fica a Turquia.

Os lídios inventaram a moeda moderna, com pesos, tamanhos e valores diferentes. Cada pedaço de metal tinha um valor que correspondia a um determinado produto. Assim, o homem começou a dividir e pesar o metal quando pretendia realizar um negócio. Entre 640 e 630 a.C., é inventada a cunhagem: as moedas passam a ser identificadas por imagens gravadas em relevo, como as moedas de hoje. Ao cunhar e emitir milhares de moedas, os lídios inventaram uma economia muito rica e farta, e fizeram fortunas na Antiguidade. (Verde, 2005, p. 9).

            A primeira moeda acunhada em Roma foi feita em 268 a.C., e chamava-se denário – termo que nasce do vocábulo dinheiro. O denário era feito de prata e auxiliava como base do sistema de moedas (sistema monetário) de Roma. Ele similarmente era fabricado no templo dedicado à deusa Juno Moneta, que deu origem às palavras “moeda” e “monetário”. Apesar do dinheiro ter aparecido pela primeira vez no reino da Lídia, há milhares de anos, ele descampou com o fim do Império Romano. E quando a Idade Média chegou, com servos que lavravam os alimentos em inúmeras propriedades de senhores feudais, a terra passou a ser a coisa mais valiosa. As pessoas só produziam o que precisavam, e o escambo (a troca) tomou o lugar do dinheiro.

Segundo o (Instituto., 2013) hoje em dia os investidores estão sempre preocupados com os últimos dados estatísticos da oferta de moeda do Banco Central, se ela aumentou rapidamente, como que ela vai repercutir sobre as taxas de juros. Os jornais se enchem de previsões sobre as medidas que o Banco Central irá tomar e sobre as novas leis de regulação de bancos e de entidades financeiras.

Este interesse pela oferta monetária é algo novo. Em meados do século XX, quando imperava o pensamento de John Maynard Keynes (1883-1946, economista britânico), onde defendia-se uma política económica de Estado intervencionista, se opondo a ideia de que os mercados livres ofereceriam automaticamente empregos aos trabalhadores e defendeu o modelo em torno do qual os governos devem usar medidas fiscais e monetárias para mitigar os efeitos adversos dos ciclos económicos como a recessão e a depressão.

 Embora Keynes tenha rejeitado o capitalismo liberal de tipo “laissez-faire”, ele não era um anticapitalista e na realidade queria encontrar um meio de salvar este modelo de organização política e económica, propondo um capitalismo regulado, ou uma espécie de liberal-socialismo, em que “ [...] as disfunções do mercado fossem supridas pela intervenção do Estado, por meio tanto de políticas públicas quanto de naturezas normativas imprescindíveis para a construção de um ambiente institucional favorável às tomadas de decisões dos agentes económicos” Ferrari Filho, (2006, p. 233) falar de moeda e de crédito era algo exótico e distante das páginas financeiras. 

Ludwig von Mises demonstrou já em 1912 que o dinheiro não pode ser criado por ordem de Estado algum ou por meio de qualquer contrato social formado por todos os cidadãos. O dinheiro deve sempre surgir espontaneamente dentro do processo do livre mercado (Instituto., 2013, p. 2).

Antes das primeiras cunhagens de moeda, havia o escambo. Os bens eram produzidos por aqueles que estavam especializados em sua produção e seus excedentes eram intercambiados com outros produtos que eles não produziam.

No entanto, o comércio se via limitado no escambo por três causas. Para poder comprar determinado artigo desejado, o indivíduo tinha que encontrar um vendedor que quisesse naquele momento exactamente o que ele tinha a oferecer. Se o vendedor de ovos queria comprar sapatos, tinha que encontrar um sapateiro com vontade de comer ovos. Mas suponha que o sapateiro fosse alérgico a ovos... Se um professor de economia quisesse comprar um jornal, tinha que encontrar um vendedor que quisesse aprender economia austríaca. Este problema é conhecido como o da “dupla coincidência de desejos”, e limitava imensamente a produção Millennium (2013,p.2).

O segundo problema era das indivisibilidades. Se desejo vender uma casa e comprar um carro, uma máquina de lavar roupas e alguns cavalos, o que faço? Divido a casa em vinte pedaços para trocar? Sendo a casa indivisível, se eu a divido, ela perde seu valor.

O terceiro problema é relativo ao cálculo econômico. As empresas devem ser capazes de calcular prejuízos e lucros em cada uma de suas transacções. Em um sistema de escambo seria impossível realizar este cálculo. Uma economia industrial moderna não poderia funcionar mediante o escambo. O escambo só pode solucionar os problemas económicos de um pequeno povoado, se tanto.

Mas o homem é criativo e engenhoso. Pouco a pouco produziu um dos inventos mais prodigiosos, que elimina os obstáculos apresentados pelo escambo: a moeda.

1.3    ORIGEM DOS BANCOS COMO INSTITUIÇÃO DE CRÉDITO

Debruçar-se sobre a evolução do sistema bancário internacional, não é mais senão, frisar os aspectos que influenciaram e continuam a influenciar no forte e rápido crescimento e desenvolvimento não só da economia, assim como dos aspectos inerentes a saúde, cultura, sociedade, política a nível de todos os países....


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