Por: Abreu Nzuanga Panzo
1.1-Definicao De Termos E Conceitos
1.1.1- Sexualidade
O sexo é uma actividade produtiva
praticado em qualquer sociedade. Aliás não há continuidade da sociedade sem a
prática do sexo. Mas, o sexo não é praticado com a mesma intensidade em todas
as sociedades. Há países em que, devido as suas condições naturais e
climáticas, tais como a existência de praias, o clima tropical, e as
actividades turísticas bem desenvolvidas (caso de hotéis), a prática do sexo é
mais intensa.
Um povo pode ser caracterizado
pela sua sexualidade. Por isso é que o sexo é um dos aspectos da caracterização
da identidade dum povo, favorecido, por exemplo, através dos contactos dos
cidadãos com os estrangeiros. Porém, em cada país, a prática do sexo é mais
intensa e livre nas grandes cidades devido a concentração de pessoas com
poderes (políticas e económicos) e a existência de condições favoráveis (clima
quente, praias, hotéis, motéis e pensões) para a prática de sexo (ALEXANDRE, 2010).
Luanda Por exemplo, sendo o
centro do poder político, económico e principal pólo turístico de Angola, se
impõem com a imagem de uma cidade sexualizada. O mesmo se pode dizer em relação
as cidades de Rio de Janeiro, Havana etc.
Então, pela configuração
geográfica e climática de Luanda é atribuído uma incitação à exibição dos
corpos. Daí o imaginário de um convite permanente ao desenvolvimento do corpo e
do sexo. Portanto, enquanto cidade, Luanda aparece como uma espécie de modelo
do atributo sexual. Aliás, clima e natureza predispõem uma quase omnipresença
de nudez. Todavia, essa predisposição articula-se com características culturais
e civilizacionais. Dai que a nossa identidade nacional pode ser definida como “uma
sociedade quente e aberta ao contacto; onde as fronteiras entre corpos (sexo)
são muito marcantes; onde o uso dos corpos torna mais permeável o contacto
corporal, produzindo um estilo extrovertido de práticas amorosas.
Finalmente podemos concluir que a
sexualidade, ou seja, a prática do sexo é uma actividade produtiva normal e
necessária em todas as sociedades, se for feita de acordo com as regras e as
normas culturais, socialmente aceites.
1.1.2- Sociedade
Uma sociedade humana é um colectivo de cidadãos de um país, sujeitos à
mesma autoridade política, às mesmas leis e normas de conduta, organizados
socialmente e governados por entidades que zelam pelo bem-estar desse grupo. Os
membros de uma sociedade podem ser de diferentes grupos étnicos. Também podem
pertencer a diferentes níveis ou classes sociais. O que caracteriza a sociedade
é a partilha de interesses entre os membros e as preocupações mútuas
direccionadas a um objectivo comum.
A
partilha desses elementos cria a identidade cultural e o organismo social.
A sociedade une os indivíduos ao mesmo nível de desenvolvimento cultural e
tecnológico em espaços geográfico, histórico e político comuns.
Assim, são características da sociedade:
- A partilha de um mesmo território;
- A partilha de um estilo particular de vida;
- A partilha de um sistema comum de leis, regras e
valores;
A sociedade
angolana é hoje constituída por pessoas de muitas origens, sobretudo africanas,
mas também europeias, e até de outros continentes. Essa diversidade de percursos
culturais e de vida não pode ser vista como uma ameaça à cultura angolana, até
porque a nossa própria cultura é feita de muitas culturas diferentes, muitas
tradições diferentes e muitos rituais diferentes
Assim como a
maior parte dos países tem tradições regionais e locais, assim Angola deve
entender a riqueza da sua diversidade. Preservar e valorizar as tradições, os
saberes, os rituais são tarefas da responsabilidade de todos. Aceitar novos
hábitos e as modificações de alguns costumes é sinal de abertura, e essa
atitude, equilibrada na justa medida com a da preservação da nossa cultura
tradições, é o segredo para uma cultura angolana sólida. Angola é constituída
por vários grupos étnicos, de culturas muito ricas, com as suas diferenças e
saberes, mas todos são Angola.
Comummente, a comunidade é definida como uma unidade constitutiva de uma
sociedade mais ampla, mas em algumas sociedades tribais existentes em Angola,
que podem ser consideradas protótipos de comunidades, representam muitas vezes,
unidades auto-suficientes e soberanas. As comunidades variam quanto ao tamanho
e à organização, compreendendo tipos bem diferentes, podendo ser uma aldeia ou
uma grande cidade. Entre esses dois extremos observa-se grande número de
comunidades intermediárias, onde todas elas apresentam qualidades comuns: o
habitat definido e instituições sociais suficientemente desenvolvidas para
satisfazer as necessidades da população.
Comunidade é um agrupamento de pessoas que vivem dentro de uma mesma área
geográfica, rural ou urbana, unidas por interesses comuns e que participam das
condições gerais de vida.
O termo comunidade em Angola e não só, é usado para denominar uma forma de
associação muito íntima, um grupo altamente integrado em que os membros se
encontram ligados uns aos outros por laços de simpatia. Nesse sentido, qualquer
grupo pode constituir uma comunidade, por exemplo, comunidades que vivem
submetidas à mesma crença religiosa.
Quanto a identidade, nas últimas décadas, o mundo tem assistido ao fenómeno
por muitos designados por “globalização” em que existe uma livre circulação de
pessoas e de culturas. Como resultado, onde as sociedades são cada vez mais híbridas.
Simultaneamente, passa a existir uma necessidade maior de se preservar uma
certa identidade nacional. De facto, caso isso não se verifique, algumas
culturas dominantes acabarão por diluir e anular outros mais vulneráveis e
menos sólidas
1.1.5- Tradição
Tradição é uma palavra com origem no termo em latim
traditio, que significa “entregar” ou “passar adiante”. A tradição é a
transmissão de costumes de uma comunidade, sendo que os elementos transmitidos
passam a fazer parte da cultura.
Todos os povos têm uma história. É esta história que cabe aos indivíduos, e aos
jovens em particular, resgatar e valorizar para que se perpetue a cultura e
tradições angolanas.
Estra tradição,
enriquecida com valores de outros povos tornar-se-á ainda mais rica. Provas
disto estão na nossa gastronomia, na dança, na música e nos costumes actuais,
sem complexos de inferioridade, esquecendo rancores alimentados por
instituições e indivíduos oportunistas ou em busca de protagonismo
Neste contexto,
a escola desempenha um papel importante, ao dar às novas gerações a
possibilidade de construir uma sociedade multirracial e multicultural. Isto é,
uma prática educativa baseada no estudo mais aprofundado da cultura angolana,
mas respeitando as diferenças e a pluralidade do nosso povo. Por tanto, há
aspectos, práticas, rituais, etc. da nossa cultura que constituem verdadeiras relíquias.
São de valor incalculável. Por exemplo, Muana Puó é uma máscara da tradição
Tchokwé descrita no romance de Pepetela “ Muana Puó”
Tal como sucede
noutras países, na cultura rural e sobretudo dentro de uma cultura urbana
existem diferenças entre as pessoas, entre os grupos. Essas diferenças são
geradas pelos hábitos, pelas preferências, pela capacidade económica, pelo
estatuto social e pela própria perspectiva de vida das pessoas. Como
compreendemos atrás, não compete a ninguém julgar os outros, sobretudo se
tivermos em conta que esses grupos sociais e os grupos sociais em que uma
pessoa nasce e é criada não são uma escolha, à partida, mas apenas um facto.
Nas diferentes
culturas e em diferentes tempos, a forma do corpo e os adornos, com as naturais
diferenças entre homens e mulheres, foram uma marca cultural e social.
Tal como a moda
do que se veste, nas sociedades mais urbanas, a forma do corpo, por exemplo,
tem mudado ao longo dos tempos. Do corpo feminino roliço, significando abundância
de alimentação e garantia de capacidade de procriação, passou-se actualmente ao
oposto, sendo que a magreza extrema já começa a ser posta em causa, como algo
antinatural e pouco saudável
Do mesmo modo,
os adornos na pele como as tatuagens ou as perfurações, saem e entram de modo
ciclicamente. Os cortes rituais e os ligados a cerimónias de iniciação variam
nas várias culturas, sendo uns mais ligados a deixar marcas no corpo e outras
mais simbólicas.
1.1.6- Orientação sexual
A orientação sexual refere-se à direcção ou à inclinação do desejo afectivo
e erótico de cada pessoa. De maneira simplificada, pode-se afirmar que esse
desejo, ao direccionar-se, pode ter como único ou principal objecto pessoas do
sexo oposto (heterossexualidades), pessoas do mesmo sexo (homossexualidades) ou
de ambos os sexos (bissexualidades)...
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