ISSN: 2021-12AAnmrvfcP21

MARKETING DE RELACIONAMENTO VERSUS FIDELIZAÇÃO DE CLIENTE

 

 CONCEITO DE MARKETING

O termo Marketing é um anglicismo (empréstimo da língua inglesa), cuja tentativa de tradução em português é a palavra mercadologia embora o termo original seja mais usado. Trata-se da disciplina que estuda o comportamento dos mercados e dos consumidores. O marketing analisa e avalia a gestão comercial das organizações, com vista a reter e a fidelizar os clientes através da satisfação das suas necessidades.

 A disciplina é constituída por princípios, metodologias e técnicas que buscam conquistar o mercado e a colaboração de modo a atingir os objectivos da empresa. O marketing é um assunto que tem sido discutido cada vez mais no ambiente organizacional. Muita gente pensa em marketing como propaganda e vendas, isto porque, diariamente somos “bombardeados” de comerciais através da televisão, anúncios em jornais, revistas, telemarketing e internet, ou seja, tem sempre alguém tentando passar a ideia de que marketing é sinónimo de venda ou promoção.

De acordo com a American Marketing Association (apud CHURCHILL JR.; PETER 2005, p. 4) marketing “é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de ideias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais. (Kohler 1999, p. 155), Direccionando mais para a satisfação dos clientes, define o marketing como “a ciência e a arte de conquistar e manter clientes a desenvolver relacionamentos lucrativos com eles”.

Cobra (1992, p. 29), com uma visão maior na qualidade de vida das pessoas, define o marketing como “mais do que uma forma de sentir o mercado e adaptar produtos ou serviços é um compromisso com a busca da melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Ainda com um foco na satisfação dos clientes, de acordo com J. Ziller (apud COBRA, 1992, p. 373), define o marketing como “o estudo e a preparação de todos os meios necessários para permitir à empresa aproximar, permanentemente e no interesse comum, as necessidades e desejos do consumidor e as possibilidades de produção. Assim, Vavra (1993, p.34), com o foco maior no relacionamento com os clientes, explica que o marketing pode ser considerado como o processo de conceber, produzir, fixar preços, promover e distribuir ideias, bens e serviços que satisfazem as necessidades de indivíduos e organizações.

Para manter esse bom relacionamento com o cliente, as empresas necessitam descobriras reais necessidades dos seus futuros clientes, com o objetivo de oferecer produtos que possam satisfazer as necessidades dos seus consumidores. O marketing inicia-se com a necessidade e os desejos humanos, sendo que necessidade humana é um estado de privação de algumas satisfações básicas, como água e vestuário, e vai seguindo de acordo a pirâmide de necessidades descrita por Maslow (apud DUTRA, 2004). Ele cita o comportamento motivacional, que é explicado pelas necessidades humanas, conforme Figura 1.

Neste sentido, Dutra (2004, p. 4) explica como funciona a pirâmide de Maslow da seguinte maneira:

1. Necessidades fisiológicas: alimentação, sono e repouso, de abrigo, desejo sexual, etc. (sobrevivência do indivíduo / preservação da espécie).

2. Necessidades de segurança: protecção, ordem, consciência dos perigos e riscos, senso de responsabilidade.

3. Necessidades sociais / participação: associação, de participação, aceitação.

-Necessidades segurança e estabilidade

-Necessidades de participação

-Necessidades de estima

-Necessidades de auto-realização

-Necessidades fisiológicas

Parte dos companheiros, de troca de amizade, de afecto e amor.

4. Necessidades de estima: auto-apreciação, autoconfiança, necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração.

5. Necessidades de auto-realização: são as necessidades de cada pessoa realizar os eu próprio potencial e de desenvolver-se continuamente (ser constantemente mais do que é - vir a ser tudo o que pode ser).

Maslow sugeriu que existe uma ordem específica de desenvolvimento das necessidades humana, em função da história de sua satisfação. Propôs que as necessidades se desenvolvem numa ordem, das “inferiores” as “superiores”. É o que se denomina Pirâmide de Maslow.

COMPOSTO DE MARKETING

Os elementos básicos do marketing, normalmente chamados compostos de marketing, também são conhecidos como composto mercadológico, mix de marketing ou ainda os 4Ps (Produto, preço, praça e promoção). Para kotler (2001, p. 37), o composto é formado por um grupo de ferramentas que são utilizadas pelas empresas na busca de estratégias de sobrevivência e crescimento no mercado. A análise e o planeamento de forma harmónica desses elementos que fazem o composto possibilitam que as empresas consigam atingir os objectivos de marketing com sucesso, adequados seus produtos ou serviços as necessidades do mercado alvo. Churchil (2000, p, 20) define: composto de marketing é uma combinação de ferramenta estratégicas usadas para criar valor os clientes e alcançar os objectivos da organização.

Diante da situação que as empresas se encontram, inseridas num mercado que dispõe de amplas possibilidades e de uma concorrência tão acirrada, criar e entregar valor ao cliente é a única maneira de sobressair. É nesse contexto que entra a importância de conhecer e administrar bem os elementos do composto de marketing. É a boa adequação desses elementos em relação ao consumidor alvo que irá trazer ou não satisfação.

Etzelet al. (2001, p.60) em relação aos elementos de marketing afirma que, junto, esses factores devem satisfazer as necessidades do mercado – alvo e, ao mesmo tempo, atingir os objectivos de marketing da organização. Diante das inúmeras possibilidades que cada elemento oferece, é conveniente buscar a melhor adequação de um elemento com os outros. Dessa forma, a empresa irá diminuir o risco de não satisfazer suas expectativas. Pois decisões em elemento afecta as acções dos outros de alguma forma, dai a necessidade de uma profunda interacção entre eles.

Cada um dos elementos do composto de marketing se subdivide em várias dimensões que podem ser analisadas isoladamente. O produto se subdivide em variedade de produtos, qualidade, design, características, nome da marca, embalagem, tamanho, serviços, garantias e devoluções. O preço subdivide em preço de lista, desconto, concessões, prazo de pagamento e condições financeira. O elemento praça se subdivide em canais, cobertura, variedades, locais, estoque e transporte. O elemento promoção se subdivide em promoção de vendas, publicidades, venda pessoal, relações públicas, marketing direto.

A avaliação de como está e de como poderia ficar melhor os aspectos gerais de cada elemento do mix de marketing é importante para a empresa. Dessa forma, ela pode sentir a sua situação no mercado diante dos concorrentes e tem a possibilidade de trabalhar em cima de estratégias para melhora a aceitação de um produto ou serviço. A junção de todas essas decisões e de cada detalhe desses elementos de marketing é que delimitam o programa de marketing. Pride e Ferrel (2000) afirmam que esses são factores decisórios nas estratégias de mercado como forma de criar e manter a mistura desses elementos para satisfazer as necessidades dos clientes de um tipo geral de produto.

Segundo Rocha (19879), é através de ajuste e controle dos instrumentos do composto, que os gerentes de marketing podem obter melhor ajustamento entre a oferta que sua empresa faz ao mercado e a demanda existente.

De acordo com a definição acima, só é possível o administrador tomar decisões conscientes através de conhecimentos dos elementos do composto. Essas informações trazem a certeza do que produzir, como e em que quantidade, onde vender e o valor que vai cobrar. Dessa maneira sendo possível prever a demanda e se adaptar a ela, não excedendo nem para um lado nem para o outro. Ou seja, a empresa não terá surpresa, estando preparada para suprir as exigências do mercado. A compreensão minuciosa de suas demandas são um importante subsídio para o planeamento de estratégia de marketing.

 PRODUTO

O produto esta no topo das atenções e decisões da empresa, segundo Sadhusen (1998,p.273) ” é a coisa mais importante que uma empresa tem para oferecer, a sua razão de existir- pois todos os outros elementos do composto de marketing derivam logicamente de como o produto e seu mercado são definidos” . Sendo assim, são as decisões relevantes ao produto que ira delimitar todas as outras decisões necessárias para comercializá-lo com sucesso.

Para Churchil (2000, p. 20) refere-se a produto como, algo oferecido por profissionais de marketing para cliente como propósito de troca. Pode ser algo tangível (qualquer coisa visível palpável vendido numa loja) ou algo intangível (um serviço, uma ideia, um lugar). O produto segundo Kotler (1998, p. 98) é a ferramenta básica do composto de marketing e deve ser adequado as exigências e mudanças dos mercados e adaptando ao desejo e a necessidade do cliente alvo, de forma que o satisfaçam o máximo possível. A expectativa de que será conseguida satisfação através de troca é que um produto representa (Shewe e Smith, 1980,1992).

Antigamente um produto para ser comercializado se bastava por si só, hoje em dia, quando uma empresa oferece um produto no mercado ela não esta colocando a venda apenas o produto, mas todos os benefícios agregados a ele. Sandusen (1998, p.22) afirma que, o produto é um conjunto de características físicas, serviços ou atributos simbólicos, oferecida ao mercado para sua atenção, uso ou consumo.

Uma analise do mercado, através de pesquisas é o que traz segurança nas decisões de uma empresa quanto as características do seu produto o planeamento de um produto exige um trabalho minucioso estar atenta as tendências, as exigências que estão mais alta, ao serviço de acordo com o que o consumidor alvo está querendo ou buscando num determinado produto. Porque um produto só é vendido se houver demanda, e só sabemos se há demanda conhecendo as necessidades e tendências do mercado. É muito mais fácil vender algo que partiu de uma necessidade ou desejo comum de um grupo de pessoas do que vender algo que foi produzido sem um embasamento nas necessidades dessas pessoas.

Como condição inerente ao ser humano, as necessidades existem e é da natureza procura algo para satisfaze-las. Existindo níveis de necessidades das mais básicas as mais supérfluas que influenciam na decisão de compra. Cada produto atende a uma necessidade diferente, exigindo estratégias adequadas. As invasões que aparecem a todo o momento, a cultura e as características individuais moldam o desejo do ser humano Por esse motivo mudando a percepção das pessoas a definição do que e’ um produto perfeito. Kotler (1998) diz que os desejos humanos são ilimitados, suas possibilidades e capacidades de satisfazê-los são limitados.

Diante de tudo isso conhecer essas necessidades é fundamental para as empresas, possibilitando cria e comercializar o que realmente o consumidor deseja, satisfazendo-o o máximo. Kotler (1998, p. 384) afirma que as necessidades básicas é que delimitam a hierarquia do produto. Sendo a necessidade primária a força que impulsiona o consumidor a procurar determinados produtos. Ele define sete níveis nessa hierarquia:

- Família da necessidade- referente a necessidade núcleo, um exemplo pode ser o desejo de se formar, ou a busca da beleza física;

-Família de produtos- todas as classes de produtos que satisfazem essa necessidade núcleo;

-Classe de produtos-um grupo de produto dentro da família do produto;

- Linhas de produtos- Um grupo de produtos dentro de uma classe de produtos que estão direitamente relacionados porque funcionam de forma similar;

- Tipo de produto-Itens dentro de uma linha de produtos que compartilham uma ou diversas formas de produto;

-Marca- Nome associado a um ou mais itens da linha de produtos que é usado para identificar a fonte ou carácter do item;

-Item-Variedade do produto, como tamanho, cor ou outro atributo.

Mas o que determina se o consumidor realiza ou não uma compra, não é apenas a existência do desejo em satisfazer uma necessidade. Seu poder aquisitivo é um factor que pode possibilitar a compra, a facilidade em encontrar o produto também pode decidir, e os outros diversos factores comportamentais que influenciam directamente: em saber mexer com as emoções das pessoas, usando suas fraquezas para induzir a compra.

O consumidor decide o tipo de bem que ira comprar de acordo com os seus hábitos. Kotler (1998, p.385) define três classificações de bens: de conveniências, de compra comprada e de especialidade.

-produtos de conveniências são bens básicos que possuem preços geralmente baixo e não precisam de muita escolha no momento da compra. Sendo na maior parte dos casos, aquisições para suprir necessidades primárias do ser humano (como alimentos).

-produtos de compra comprada são aqueles em que os consumidores costumam fazer uma pesquisa antes da compra, como forma de buscar o produto que se aproxime mais do seu gosto, necessidades e possibilidades financeiras.

-produtos de especialidade são bens com características ou identificação de marcas exclusivas, para as quais um grupo significativo de compradores está habitualmente disposto a fazer um esforço especial de compra Kotler (1998, p.385). Nesse grupo de bens o consumidor não precisa fazer muita escolha, porque geralmente já de sabe o que quer e onde encontrar, o esforço realmente está em desembolsar a alta quantia para adquirir o produto.

Dentro da classificação de tipos de bens, a maioria das empresas tem ampliado sua variedade de produto, não se detendo na produção de apenas um bem. Essa variedade de produto que uma empresa pode oferecer no mercado se define como composto de produto. Segundo Churchil (2000, p 252, 253) o compôs de produto pode ser formado por um grupo de produto que compartilham as mesmas características, canis, clientes ou usos comum.

Essa disponibilização no mercado de tantas opções dentro das linhas de produtos faz com que qualquer detalhe influencie na decisão do consumidor em comprar um produto ou outro. Nesse aspecto a embalagem tem uma grande parcela de importância, pois representa o valor que se acrescenta ao cliente. Alem de proteger o produto pode exercer outras inúmeras funções. Kotler (1998, p.6) define a embalagem como o conjunto de actividades de design e fabricação de um recipiente ou envoltório para um produto.

A embalagem é uma ajuda extra na actividade de promover o produto, podendo atrair a atenção do consumidor pela cor extravagante ou desenho criativo, por exemplo. Em alguns casos pode ser desenvolvida com a intenção de causar impacto, se destacando dos concorrente através de uma diferenciação, Sua utilização actualmente é muito direccionada a persuadir o consumidor a comprar, pois apresenta uma enorme lista de possibilidades para atingir o consumidor a favor da empresa. Pode conter informações valiosas, contribuindo no processo de aceitação do produto. Sendo assim, a embalagem pode contribuir de diversas maneiras nas actividades de marketing. Se outros elementos do mix de marketing são comparáveis, os comerciantes provavelmente vão comprar e expor os produtos com pacotes atraentes e funcionais, Etzelet al., 2001, p.259). O rótulo exerce uma função mais seria como componente da embalagem. De acordo com o tipo de produto ele pode ser simples e discreto, ou, mais detalhado e complexo.

De acordo com Etzelet al. (2001) existem os seguintes tipos de rótulos:

-O rótulo que contém apenas a própria marca, inserida no produto ou na embalagem;

-O rótulo que descreve informações sobre o produto, sua fabricação, cuidados a serem tomados, desempenho e outras características;

-O rótulo que classifica a qualidade do produto através de uma letra, números ou palavra.

A grande ocorrência de falta de informação ou de publicação de dados falsos ou enganosos em rótulos e embalagens já gerou muitas reclamações por parte dos consumidores. Para isso foi criado varias leis federais que regulamentam a criação de rótulos, de forma que os consumidores não sejam enganados.

Serviço: As expectativas dos novos consumidores são muito elevadas, eles estão cada vez mais exigentes e pretendem a ter os serviços desejados exactamente conforme suas expectativas. Desejando encontrá-los a disposição na hora certa, dispondo de suas características esperadas e oferecendo atendimento eficiente juntamente com o serviço de qualidade. No passado os consumidores tinham um padrão de exigência menos rigoroso, na prestação dos serviços, etc.

PREÇO

Em relação ao elemento preço Kotler (1998) comenta que, estabelecer um preço equivalente com a realidade do mercado e com as necessidades de custos da empresa e ao mesmo tempo, baseando-se no poder de compra dos concorrentes é tarefa difícil. Muitas pessoas não conseguem lidar bem com essas decisões. No entanto, diante dos outros elementos do composto de marketing, o preço é o mais fácil de se adaptar, por não precisar de muitas decisões detalhadas e complexas.

O preço é o único elemento do composto de marketing que produz receitas, os outros elementos geram custos. O preço é também um dos elementos mais flexíveis do composto de marketing porque pode ser rapidamente modificado Kotler (1998, p. 435).

Churchil (2000, p. 31) define preço da seguinte forma, “a quantidade de dinheiro, bens ou serviço que deve ser dada para se adquirir a propriedade ou uso de um produto”. Estabelecer preço é uma tarefa importante que merece cuidado, mesmo com atenção dos consumidores mais voltados para aspectos como qualidade e características específicas que satisfaçam com as suas necessidades particulares e individuais, Kotler (1998, p. 435), diz que “o que importa é o valor, não o preço”.

Contudo isso, o preço ainda é em algumas situações o factor que decide no mercado da compra e reflecte na competitividade de uma empresa em sua parcela do mercado. O preço ainda permanece um dos principais elementos na determinação da participação de mercado de uma empresa e em sua rentabilidade, Kotler (1998, p, 435).

  Dai a importância de antes de determinar o preço de um produto ou serviço a levar em consideração alguns factores. Kotler (1998, p. 437) diz para estabelecer uma política de preço a empresa deve seguir as seguintes etapas: Seleccionar o objectivo do preço, determinar a demanda, estimar custos, analisar os preços dos concorrente, escolher um método para fixar o preço e decidir o preço final.

 Uma das formas de preço que tem sido bastante usada pelas empresas é o preço de valor percebido, onde é analisado o quanto o consumidor acredita valer determinado produto, é o preço que ele acha que vale. Nesse sentido, “ O valor é uma razão dos benefícios percebido para o preço e para quaisquer outros custos incorridos” Etzelet al (2001, p.280). Para alcançar uma definição de preço o mais perto possível da realidade é necessário realizar uma pesquisa de marketing. Dessa forma é possível capitar exactamente o valor percebido pelo mercado.

O preço de valor parte da ideia de colocar preços baixos para produtos de qualidade superior, ou seja, colocar a venda uma oferta de valor elevado a um preço inferior. A intenção é ganhar espaço no mercado atraindo cliente pelo preço. Mais nesse caso deve haver uma reformulação nos custos de um jeito que não prejudique a qualidade. Esse tipo de preço é muito utilizado no comércio, por sair caro realizar liquidações e promoções e pode influenciar na confiança do consumidor. Entre essas, outras diversas razões tem induzindo a adopção dessa política de preços baixos constantemente.

Outra maneira de uma empresa estabelecer o preço de um produto ou serviço é comparado seu preço com os dos concorrentes, que chamamos de preço de mercado. Nessa situação não se observa muito os custos nem a demanda, essa forma de definir preço é mais adoptada para produto ou serviços que possuem custos difíceis de serem calculados. Uma situação na qual a administração pode estabelecer o preço de um produto no nível do mercado é quando a concorrência é intensa e o produto da empresa não é significativamente diferenciados dos produtos da concorrência, Etzel (2001, p. 2979).

Localização: As dificuldades por parte dos produtores em administrar uma distribuição ampla e eficiente dos seus produtos, os leva a procurar os canais de distribuição. Esses canais são na realidade intermediários entre o produtor e o consumidor final.

“Canais de marketing são conjuntos de organizações interdependentes envolvidos no processo de tomar um produto ou serviço disponível para o uso e consumo” Kotler (1998, p. 466).

A escolha do canal é importante e deve ser feita com cautela, porque um canal errado não vai trazer garantia de que o produto chegará ao público certo.

O sistema de canal vertical surgiu em oposição do sistema tradicional, envolvendo produtor e comerciantes como uma empresa única. Nesse caso a administração é centralizada, ou por poder no mercado. Kotler (1998, p. 483) diz que “esse sistema reduz custos por meio de tamanho, poder de barganha e eliminação de serviço duplicado”.

 PROMOÇÃO

 A comunicação é o ponto determinante para cada uma das actividades de marketing, os administradores se usam dela o máximo possível e da melhor forma. Para persuadir, lembrar, informar, conquistar, atiçar o desejos das pessoas, aguçar curiosidade por determinado produto, realizar um feedback do empenho da empresa, etc. Essa tendência das empresas em interagir com o seu público, como forma de criar um relacionamento duradouro, surgiu da necessidade de reter clientes.

Kotler (1998, p. 526) define cinco formas de composto de comunicação de marketing: propaganda, promoção de vendas, relações públicas e publicidade, venda pessoal e marketing direito.

Comunicação de marketing na definição de Churchil (2000, p. 446) significa, “as diversas maneiras pelas quais os profissionais de marketing se comunicam com clientes actuais e potencias”.

As diversas formas de comunicação de marketing são fundamentais nos esforços das empresas em fixar seu produto no mercado. As empresam precisam saber quem são seus consumidores alvo e trabalhar as melhores tácticas para se chegar a eles através de uma ou varias formas de comunicação.

Na decisão de qual meio de comunicação de marketing utilizar para promover um produto ou serviço é conveniente planejar bem para não desperdiçar capital, Kotler (1998, p. 529) estabelece a etapas seguintes: “Identificar quem é a sua audiência alvo; Determinar os objectivos da comunicação para desenvolver a mensagem; Seleccionar os canais de comunicação mais eficientes para atingirem o seu público-alvo; Definir o orçamento total; Definir sobre o composto promocional; Mensurar os resultados e dai então administrar e coordenar o processo de comunicação de marketing integrado”.

A propaganda é importante e poderoso componente do marketing, que seduz e encanta o consumidor. Através dela é possível atingir uma ampla variedade de consumidores e com grande poder de persuasão. Quando bem elabora pode proporcionar um número considerável de vendas de produto anunciado. Porém, é a forma de promoção mais custosa para a empresa. Entre tantas outras funções a propaganda geralmente é utilizada para: Trazer ao conhecimento do público consumidor um produto ou serviço e informar sobre novidades ou mudanças nas características de um produto. Adapta-se diferentemente e exerce funções distintas dependendo da situação do produto a ser anunciado: como tipo de produto, nível de aceitação desse produto no mercado.

Enquanto a propaganda tenta convencer o consumidor sobre as qualidades que um produto tem e os benefícios que pode trazer através da sua aquisição. A promoção da venda busca criar situações incentivadoras que induzam o consumidor a comprar.

A promoção de vendas é utilizada quando a empresa percebe que o números de vendas insatisfatório, ou quando tem um certo número de estoque e deseja renová-lo com novidades. Através de necessidades de gerar uma demanda maior, utiliza-se da tática de estimular as vendas com atitudes que tornem o produto mais atrativo: como oferecer amostras grátis, cartazes de descontos, prémios com a compra de determinados produtos, preços promocionais, descontos pós compra, concursos, garantias, pósteres entre outras coisas.

Segundo Kotler (1998, p. 577); A promoção de vendas consiste de um conjunto diversificado de ferramentas de incentivo, em sua maioria a curto prazo, que visa estimular a compra mais rápida ou em maior volume de produtos/serviços específicos por consumidores ou comerciantes.

As empresas precisam se relacionar com fornecedores, distribuidores, clientes internos e extemos, ou seja, o público com que se comunica é amplo e variado. É através da administração das relações públicas ou publicidade que as empresas procuram transmitir uma imagem positiva.

EVOLUÇÃO DO MARKETING

Apesar de encontrarmos suas raízes ao longo da história da humanidade, na própria génese do comércio, o marketing é um campo de estudo novo se comparado com os demais campos do saber. O estudo do mercado surgiu da necessidade dos industriais de administrar a nova realidade oriunda da Revolução Industrial que causou uma transformação de um mercado de vendedores para um mercado de compradores. Neste estágio o marketing ainda é inseparável da economia e da administração clássica, pois inicialmente sua preocupação era puramente de logística e produtividade, para a maximização dos lucros. Os consumidores não tinham qualquer poder de barganha e a concorrência era praticamente inexistente.

Tal realidade manteve-se inalterada até fins da Segunda Guerra Mundial quando, então, reagindo ao crescimento da concorrência, mercadologos começaram a teorizar sobre como atrair e lidar com seus consumidores. Surgiu então a cultura de vender a qualquer preço. P. T. Barnum, autor de `The Scienceof GettingRich` e `The Artof Money Getting`, foi um ícone deste período, cheio de truques que faziam da arte de vender quase num espectáculo de charlatanice e que faz com que até hoje os profissionais do mercado sejam vistos com desconfiança. Outros autores da época são W.D. Scott, autor de ThePsychologyofAdvertising, e H.L Hollingworth que escreveu AdvertisingandSelling. As técnicas existentes baseavam-se mais na intuição do que na prática. Eram técnicas ingénuas e/ou maliciosas que estavam misturadas a ferramentas eficientes. Lenda e fato se misturavam, mas o mercado não dava muito ouvido à academia.

Nos anos 40, os primeiros estudos sobre o marketing vieram com trabalhos como o de Walter Scott, sobre a aplicação da psicologia na propaganda e o de William J. Reilly sobre as Leis de Gravitação do Varejo. A questão crucial era se as teorias de mercado podiam ou não se desenvolver. Autores como Roland Vaile e outros afirmavam que nunca seria possível desenvolver uma teoria mercadológica genuína, pois consideravam esta extremamente subjectiva, quase uma forma de arte. Por outro lado, Bartels e outros começavam a admitir que existia uma potencialidade para a teoria mercadológica se tornar uma ciência. Em 1954, pelas mãos de Peter Drucker ao lançar seu livro “A Prática da Administração”, o marketing é colocado como uma força poderosa a ser considerada pelos administradores.

A primeira grande mudança neste cenário veio em 1960 por Theodore Levitt, mais tarde intitulado "o pai do marketing", professor da Harvard Business School. Seu artigo na revista Harvard Business Review intitulado "Miopia de Marketing", revelou uma série de erros de percepções, mostrou a importância da satisfação dos clientes e transformou para sempre o mundo dos negócios. O vender a qualquer custo deu lugar à satisfação garantida. Não é à toa que assistiu-se logo após este período um renascimento das marcas como Coca-Cola, Sears, Marlboro, etc..

O mundo do marketing começou a borbulhar, artigos científicos foram escritos, pesquisas feitas e dados estatisticamente relevantes traçados. Separou-se as estratégias eficientes dos machismos e viu-se a necessidade de um estudo sério do mercado. Este conhecimento adquirido ficou espalhado, difuso, muitas vezes restrito ao mundo académico. Em 1967, Philip Kotler, lança a primeira edição de seu livro "Administração de Marketing", onde pôs-se a reunir, revisar, testar e consolidar as bases daquilo que até hoje formam o cânone do marketing.

TIPOS DE MARKETING

Tentar definir Marketing já é, por si só uma tarefa difícil. Penso que o termo Marketing nunca obteve uma explicação definitiva. Se procurarmos definições para o termo, encontraremos centenas delas. Com certeza uma diferente da outra. O que é Marketing " Cada autor descreve Marketing conforme o seu próprio entendimento".

Para complicar um pouco mais, autores vão descrevendo e desenvolvendo novos tipos de Marketing. Alguns deles consagrados (Marketing de Serviços ou Marketing Directo, por exemplo) e outros nem tanto. Há alguns anos venho colecionando nomes de variações e tipos específicos de Marketing de diversos autores e pensadores. Transcrevo abaixo alguns dos tipos mais comentados.

Cybermarketing: Considerado um ferramenta facilitadora para o Marketing. Trata-se de instrumentos para focalizar na "personalização em massa", proporcionando maior rapidez nas transacções, do que comparado aos meios tradicionais de troca. Por usar as cyber ferramentas, permite total interacção com o cliente. Pode ser utilizado como ferramenta do Marketing direto ou para o Marketing de massa.

Ecomarketing: Marketing Voltado a causas ambientais, natural e ecológicas

Email Marketing: Tipo de divulgação ou Venda de produto utilizando-se o correio electrónico. É considerada uma das ferramentas do Marketing Direto

Endomarketing: 1. Em uma tradução directa: Marketing voltado "para dentro'. É o Marketing que tem Como objectivo o público ou o ambiente interno de uma organização. 2. Marketing executado por uma empresa de serviços para treinar e motivar de forma efetiva os funcionários que entram em contato com o consumidor e com todo o pessoal de apoio no serviço, de modo a trabalhar uma equipe para proporcionar a satisfação do cliente.

Geomarketing :- 1. Marketing que considera o espaço geográfico e a localização entre as suas ferramentas. 2. Abordagem de Marketing que possibilita a utilização do composto de Marketing à forma como o Mercado se organiza em um espaço físico, permitindo a análise das variáveis relevantes para o Marketing através da visualização desses dados em mapas geográficos.

Marketing Ambiental: Também chamado de Marketing natural ou ecomarketing. É o Marketing voltado às causas ambientais ou naturais. Segundo a AMA (American Marketing Association), é “O estudo dos aspectos positivos e negativos das actividades de marketing em relação à poluição, ao esgotamento de energia e ao esgotamento dos recursos não renováveis.

Marketing de Bibliotecas: - Segundo a Wikipédia, “O Marketing de bibliotecas é a melhor forma de promover os serviços e produtos que uma biblioteca pode oferecer. É também uma ferramenta que valoriza seus produtos e serviços à medida que supram os desejos e necessidades de seu usuário com a maior qualidade possível. ”

Marketing Boca-a-Boca: É o Marketing feito sem a utilização de grandes veículos de comunicação. É feito pelos próprios consumidores satisfeitos que passam as suas experiências a outros consumidores.

Marketing Cinematográfico: Cconjunto de actividades que tem como objetivo transferir os filmes dos seus produtores ao espectador final através da criação de uma marca instantânea.

Marketing Concentrado: É um tipo de estratégia que busca obter resultado em um determinado mercado. É a utilização de todos os recursos da empresa em uma parte do mercado visando dominá-lo. Parte do pressuposto que é melhor ser grande em um determinado mercado do que pequeno em todos.

Marketing Cultural: Ferramenta utilizada para agregar valor à imagem de empresas que proporcionam recursos monetários, intelectuais e morais, para a execução de projectos culturais, pertinentes à sociedade.

Marketing Dharma:  Tipo de Marketing que age ao nível do conflito psicológico anterior à vontade humana, dado que, cada vez mais, procuramos satisfazer preferencialmente as necessidades inconscientes, concentrando-nos no que é anterior à intencionalidade no Homem, ou seja, no que é antecedente às necessidades e à motivação.

TransMarketing: Segundo Waldyr Fortes é o trabalho conjunto de Marketing e de Relações Públicas para o sucesso de tudo o que for empreendido. Marketing se preocupa com o sentido concreto de vender alguma coisa e, as Relações Públicas, em proporcionar meios para que esta atividade não cause nenhum problema, tanto para a organização promotora do relacionamento como para aqueles que dela fazem uso

Webmarketing - É o conjunto de acções de marketing intermediadas por canais eletrônicos como a internet, em que o cliente controla a quantidade e o tipo da informação recebida.

FERRAMENTA UTILIZADA NO MARKETING

O CRM é uma das ferramentas de marketing que mais vem sendo difundida pelo mercado de marketing atualmente, com o CRM é possível prever hábitos e o potencial futuro de cada cliente, além de se administrar o relacionamento com o mesmo. Ferramentas auxiliares no processo de marketing que mostra a importância de atrair e reter clientes, cultivando um relacionamento estável e duradouro em busca da lealdade, com a tecnologia da informação, que provê recursos integrados de informática e telecomunicações, provocando um impacto na gestão da empresa quanto aos processos, as estratégias de negócio e as posturas gerenciais. Longe de ser uma panacéia gerencial, o CRM é uma tecnologia que visa entabular bases sólidas para que se obtenha um cliente satisfeito e integrado nas premissas de lealdade e fidelidade ao serviço ou produto ofertado. Como tal, requer integração e adaptação contínua às mudanças ambientais, sem perder de vista a criticalidade da manutenção do negócio. “ (DORNELAS; XAVIER, 2003) O tamanho de um CRM é algo variável, a empresa pode comprar um CRM específico dependendo da sua necessidade, existem CRM´s que funcionam simplesmente para captar alguns dados de clientes até CRM´s que fornecem suporte à toda uma estrutura gerencial. De acordo com (LAUDON; LAUDON, 2007, pg.254), atualmente os CRM´s são divididos em dois grupos:

Gerenciamento de Relacionamento com o Parceiro (Partner Relationship Management - PRM): Esse conjunto de ferramentas pode ser utilizado em empresas que não vendem direto ao consumidor ou então para aumentar a ligação e credibilidade com o parceiro, a fim de estar sempre prestando suporte e atento as necessidades das empresas integradas em determinados processos vitais à empresa. Gerenciamento de Relacionamento com o Funcionário (Employee Relationship Management - ERM): Módulo do CRM voltado para a atenção com o funcionário, é possível com ele dar um bom suporte ao RH entre outras funções tais como: controle de pagamentos, controle de recrutamento, gestão de competências e melhorias na comunicação interna.

Atuações do CRM na área de Marketing: A partir da invenção do CRM e de outras tecnologias da informática, as empresas de marketing ganharam uma grande aliada no marketing direto, que seria a possibilidade de ir diretamente à um público alvo, obtendo sua atenção e contato, para (MADRUGA, 2004) “entre algumas funcionalidades que o CRM atua no marketing podemos citar a automatização de tarefas de marketing como:” Índice de sucesso de uma determinada campanha publicitária: Com uma base de dados integrada do CRM é possível acompanhar em tempo real e de forma unificada o feedback dos clientes, além dos custos de uma determinada campanha publicitária. Controle de Quais mídias deve se anunciar: Com um estoque de dados e análises estatísticas de antigas campanhas publicitárias é possível verificar o melhor custo/benefício para um novo investimento nas mesmas. Analisar estatísticas com mais precisão: É possível gerar relatórios e gráficos com base no banco de dados da empresa para um melhor estudo de estatísticas com índice de erro menor. Monitorar o fluxo de informação de uma intranet: É possível monitorar, estudar e unificar acessos e conteúdos compartilhados em uma intranet.


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