O
EMPREENDEDORISMO
Ao
longo da história, os investigadores tem realçado um contributo crucial do
comportamento, no desenvolvimento económico de hoje, os políticos, os
economistas e a sociedade em geral reconhecem a importância do papel do
empreendedorismo na economia. Assim, vários académicos e gestores têm-se
dedicado aos estudos deste assunto, nos últimos séculos.
Portanto esse
capítulo trata-se da história do empreendedorismo, suas definições e contributo na sociedade em geral.
Origem e evolução do empreendedorismo
Segundo Sarkar
(2008 p. 19), a palavra empreendedorismo é derivada do
francês que tem seu significado como acção que esta entre o que fornece e o que
compra. Uma das primeiras noções que se tem é a do economista francês do século
XVIII, Richard Cantillon, que descreve o empreendedorismo como aquele que paga
determinado preço por um produto, e vende a preço incerto, assumindo riscos.
Conforme Sebrae (2007), pelo intermediário Marco Pólo que tentou
estabelecer rotas comerciais para o extremo oriente.
De acordo Sebrae,
(2007, p.6), na idade média, o termo empreendedor foi usado
para descrever tanto um participante quanto um administrador de grandes projectos
de produção. Nesta época os empreendedores não corriam riscos, pois trabalhavam
com recursos geralmente fornecidos pelo governo.
a)
Século
XVI
Os primeiros
indícios de relação entre assumir riscos e empreendedorismo ocorreram nessa
época, em que o empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo
para realizar algum serviço ou fornecer produtos. Como geralmente os preços
eram prefixados, qualquer lucro ou prejuízo era exclusivo do empreendedor.
Richard Cantillon, importante escritor e economista do Século XVII, é
considerado por muitos como um dos criadores do termo empreendedorismo, tendo
sido um dos primeiros a diferenciar o empreendedor (aquele que assumia riscos),
do capitalista (aquele que fornecia o capital). Mas somente no século XVIII,
que capitalista e empreendedor foram complemente diferenciados, certamente em
função do início da industrialização.
b)
Séculos
XIX e XX
No final do
seculo XIX e início do século XX não se distinguia o empreendedor do gerente.
Os empreendedores eram aqueles que organizavam, planejavam, dirigiam e
controlavam.
De acordo com
Dornelas (2008), os empreendedores foram frequentemente confundidos como
gerentes ou administradores, sendo analisados meramente de um ponto de vista económico,
como aqueles que organizam a empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e
controlam as acções desenvolvidas na organização, porém muitas vezes a serviço
do sistema capitalista.
Já na metade do
século XX estabeleceu-se a noção do empreendedorismo como inovador, ou seja,
aquele individuo que além da capacidade de criar e de conceitualizar, tem
também a capacidade de inovar em produtos e serviços buscando a satisfação dos
clientes de forma criativa e satisfatória.
Conceito de empreendedorismo
O conceito sobre
o empreendedorismo é vasto e continua a ser um grande desafio para os estudiosos
na matéria, devido a sua importância e ao seu carácter emergente.
Segundo Ferreira et al, (2010, p. 310), refere que o empreendedorismo é o “processo de
criar uma nova empresa, assumindo os riscos e as recompensas do
empreendedorismo.
Conforme Sarkar
(2010), afirma que o conceito pode ser entendido como
o processo de criação e expansão de negócios inovadores ou que nascem a partir
de oportunidades identificadas.
Para Dolabela
(2008, p. 66), o empreendedorismo não é um tema novo é um
conceito antigo que assumiu diversas vertentes ao longo do tempo. E existe
desde a primeira acção humana inovadora, com o objetivo de melhorar as relações
do homem com os outros e com a natureza. “Os indivíduos são atraídos para o
empreendimento por inúmeros incentivos prazerosos ou recompensas”.
Portanto o
empreendedorismo é, assim, visto como processo de identificação,
desenvolvimento e amadurecimento de ideias para um negócio futuros, o qual deve
estar associado à inovação residindo o sucesso para a sua implementação na
criação de novas empresas em condições de riscos e de uma considerável
incerteza.
Importância do empreendedorismo
Segundo GEM
(2012, p. 3), Angola foi
realizado num contexto macroeconómico muito particular e relativamente
infrequente na história recente de Angola
o de uma economia em recessão em anos anteriores, motivada pela queda
dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Nesse ano, verificaram-se
aumentos substanciais nos níveis de actividade empreendedora em Angola, o que
correspondeu ao teoricamente esperado: economias em queda levam a menores
disponibilidades de capital para investimento e, consequentemente, a menor
criação de emprego dependente. Estas circunstâncias levam a uma fuga da
população activa para a actividade empreendedora.
Para Chiavenato
(2005, p. 5), os empreendedores são heróis populares da vida
empresarial. Eles fornecem empregos, introduzem inovação e estimulam o
crescimento económico.
A presença do empreender
torna-se cada vez mais fundamental para as organizações, quando as mesmas
avaliam a necessidade quotidiana de criatividade, do trabalho eficiente, da
inserção de novas possibilidades, da criação de uma nova postura de trabalho,
fazendo com que a empresa tenha um centro espontaneamente criativo, gerando
soluções rápidas, constante e funcionais a estas organizações. Atualmente os
empreendedores são reconhecidos como componentes essenciais para mobilizar
capital, agregar valores aos recursos.
Ainda Dolabela
(2003, p.10), a dinâmica do
empreendedorismo é influenciada pelas alterações das condições do ambiente
socioeconómico envolvente, tais como as recessões económicas, o forte
crescimento económico, os avanços tecnológicos, as mudanças organizacional, as
questões estruturais dos sectores, ou seja, é de extrema importância a existência
de um ambiente propício e facilitador em termos económico e políticos.
Portanto o
empreendedorismo é importante para a empresa, pois permite que a mesma
mantenha-se competitiva no mercado, através de atitudes inovadoras.
O papel do empreendedorismo
O
empreendedorismo tem um papel crucial na criação de rendimento e dos postos de
trabalho, na medida em que possibilita que os pequenos, médios e grandes
empresários criem algo novo.
Segundo
o economista angolano, Afonso que a recente lei sobre o empreendedorismo,
adaptada pelo executivo, permite o surgimento de novos empregos, pois são eles
que criam correctamente novos postos de trabalhos e fazem o país crescer
economicamente. Pois são os pequenos empresários que inovam e fazem surgir
novos mercados, produtos e desafios.
Portanto
o empreendedorismo constitui uma meta de alcance estratégico da resolução dos
problemas que afligem a maioria das juventudes que, durante ao longo dos anos
de conflitos, não teve a oportunidade de estudar e de se suportar
profissionalmente.
Tipos
de empreendedores
Acredita-se
que ser empreendedor é um fenómeno individual, é ter um talento que brota, e um
potencial que o ser humano possui, porém necessita de algumas condições
indispensáveis para gerar grandes efeitos na sociedade.
Segundo
Leite (2007, p. 75), podemos destacar quatros tipos de
empreendedores
a)
Empreendedor
corporativo
É
aquele que, a partir de uma ideia, inicia novos negócios, inventa uma nova
técnica ou até uma nova forma de actuação comercial, sempre buscando
transformar seus produtos em um produto de sucesso. São pessoas que investe em
seu desenvolvimento dentro da organização, pessoas dotadas de iniciativa, que
tem uma visão do futuro e que favorecem o destaque no mercado de trabalho, da
empresa, dos produtos e de si mesmo, sempre respeitando a cultura e a política
organizacional.
b)
Empreendedor
interno
É
aquele que actua dentro das organizações, as inovam e as fazem crescer. Suas
contribuições estão em tomar novas ideias ou mesmo protótipos e transformá-los
em realidades lucrativas. É aquele que busca uma visão diferente dos factos e
age, em vez de ficar observando e esperar as coisas acontecerem. É funcionário
da empresa e possui características empreendedoras independentemente da sua
função ou posição na hierarquia da organização. Dicas para tornar-se um
empreendedor interno:
O
cultivar a empregabilidade (o profissional que se acomoda, tem como limite
apenas a função actual que ocupa); o Repensar constantemente as estratégias
pessoais; o Dizer sempre “vamos tentar”, ao invés e “não posso”, ou “talvez”; o
Nunca se acomodar na segurança do cargo.
c)
Empreendedor
externo
É
aquele que garante a força de crescimento e alavancagem da empresa e a
consolidação de novos projectos estrategicamente relevantes, por meio da
optimização da capacidade de inovação. É aquele que dá origem á empresa,
considera-se também aquele que consolida a empresa, fazendo que ele ultrapasse
sua excelência. É o dono ou sócio da empresa, que procura criar riqueza e não
somente começar um negócio meramente como um meio de substituir renda (ou seja,
trabalhar para sim mesmo ao invés de trabalhar para outrem).
d)
Empreendedor
social
São
aqueles que assumem uma atitude proactiva no que se refere ou no que diz
respeito ao desenvolvimento integrado da sua comunidade, da sua cidade ou do
seu país, sempre promovendo mudanças, reunindo recursos e constituindo
benefícios á comunidade.
Voluntária
e terceiro sector. É aquele que contribui para a resolução de problemas
sociais, ligados á pobreza, às drogas, á integração de eficientes, á exclusão
social, etc. Normalmente colaboram com organizações não-governamentais e com
instituições governamentais sem se refugiar na escassez de recursos.
Para
Dornelas (2005,p.10-14), não existe um único tipo de empreendedor ou
modelo-padrão, é difícil rotulá-lo. Esse facto mostra que torna-se empreendedor
é algo que pode acontecer a qualquer um. A seguir são apresentados os tipos de
empreendedor:
e)
Empreendedor
nato
É o
mais conheço geralmente são chamados, suas história são brilhantes e muitas
vezes, começam do nada e criam grandes impérios. Começam a trabalhar jovens e
adquirem habilidades de vendas e negociação.
f)
Empreendedor
que aprende
É
normalmente uma pessoa que quando menos esperava se deparou co uma nova
oportunidade e decidiu em mudar o que fazia na vida para se dedicar ao próprio
negócio.
g)
Empreendedor
serial
É
aquele apaixonado não apenas pela empresa que cria, mas principalmente pelo acto
de empreender. Não se contenta em criar um negócio e ficar à frente dele, pois
quer construir uma grande corporação. É uma pessoa dinâmica, que gosta de
desafios e adrenalina de criar algo novo.
Logo
os empreendedores diferenciam-se na sua esfera económica, atendendo o seu nível
social, ou familiar em que esta inserido.
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