ISSN: 2021-12AAneP21

O EMPREENDEDORISMO

 

Ao longo da história, os investigadores tem realçado um contributo crucial do comportamento, no desenvolvimento económico de hoje, os políticos, os economistas e a sociedade em geral reconhecem a importância do papel do empreendedorismo na economia. Assim, vários académicos e gestores têm-se dedicado aos estudos deste assunto, nos últimos séculos.

Portanto esse capítulo trata-se da história do empreendedorismo, suas definições e contributo na sociedade em geral.

 Origem e evolução do empreendedorismo

Segundo Sarkar (2008 p. 19), a palavra empreendedorismo é derivada do francês que tem seu significado como acção que esta entre o que fornece e o que compra. Uma das primeiras noções que se tem é a do economista francês do século XVIII, Richard Cantillon, que descreve o empreendedorismo como aquele que paga determinado preço por um produto, e vende a preço incerto, assumindo riscos.

Conforme Sebrae (2007), pelo intermediário Marco Pólo que tentou estabelecer rotas comerciais para o extremo oriente.

De acordo Sebrae, (2007, p.6), na idade média, o termo empreendedor foi usado para descrever tanto um participante quanto um administrador de grandes projectos de produção. Nesta época os empreendedores não corriam riscos, pois trabalhavam com recursos geralmente fornecidos pelo governo.           

a)     Século XVI

Os primeiros indícios de relação entre assumir riscos e empreendedorismo ocorreram nessa época, em que o empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos. Como geralmente os preços eram prefixados, qualquer lucro ou prejuízo era exclusivo do empreendedor. Richard Cantillon, importante escritor e economista do Século XVII, é considerado por muitos como um dos criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o empreendedor (aquele que assumia riscos), do capitalista (aquele que fornecia o capital). Mas somente no século XVIII, que capitalista e empreendedor foram complemente diferenciados, certamente em função do início da industrialização.

b)    Séculos XIX e XX

No final do seculo XIX e início do século XX não se distinguia o empreendedor do gerente. Os empreendedores eram aqueles que organizavam, planejavam, dirigiam e controlavam.

De acordo com Dornelas (2008), os empreendedores foram frequentemente confundidos como gerentes ou administradores, sendo analisados meramente de um ponto de vista económico, como aqueles que organizam a empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam as acções desenvolvidas na organização, porém muitas vezes a serviço do sistema capitalista.

Já na metade do século XX estabeleceu-se a noção do empreendedorismo como inovador, ou seja, aquele individuo que além da capacidade de criar e de conceitualizar, tem também a capacidade de inovar em produtos e serviços buscando a satisfação dos clientes de forma criativa e satisfatória.

 Conceito de empreendedorismo

O conceito sobre o empreendedorismo é vasto e continua a ser um grande desafio para os estudiosos na matéria, devido a sua importância e ao seu carácter emergente.

Segundo Ferreira et al, (2010, p. 310), refere que o empreendedorismo é o “processo de criar uma nova empresa, assumindo os riscos e as recompensas do empreendedorismo.

Conforme Sarkar (2010), afirma que o conceito pode ser entendido como o processo de criação e expansão de negócios inovadores ou que nascem a partir de oportunidades identificadas.

Para Dolabela (2008, p. 66), o empreendedorismo não é um tema novo é um conceito antigo que assumiu diversas vertentes ao longo do tempo. E existe desde a primeira acção humana inovadora, com o objetivo de melhorar as relações do homem com os outros e com a natureza. “Os indivíduos são atraídos para o empreendimento por inúmeros incentivos prazerosos ou recompensas”.

Portanto o empreendedorismo é, assim, visto como processo de identificação, desenvolvimento e amadurecimento de ideias para um negócio futuros, o qual deve estar associado à inovação residindo o sucesso para a sua implementação na criação de novas empresas em condições de riscos e de uma considerável incerteza.

 

 Importância do empreendedorismo

Segundo GEM (2012, p. 3), Angola foi realizado num contexto macroeconómico muito particular e relativamente infrequente na história recente de Angola  o de uma economia em recessão em anos anteriores, motivada pela queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Nesse ano, verificaram-se aumentos substanciais nos níveis de actividade empreendedora em Angola, o que correspondeu ao teoricamente esperado: economias em queda levam a menores disponibilidades de capital para investimento e, consequentemente, a menor criação de emprego dependente. Estas circunstâncias levam a uma fuga da população activa para a actividade empreendedora.

Para Chiavenato (2005, p. 5), os empreendedores são heróis populares da vida empresarial. Eles fornecem empregos, introduzem inovação e estimulam o crescimento económico.

A presença do empreender torna-se cada vez mais fundamental para as organizações, quando as mesmas avaliam a necessidade quotidiana de criatividade, do trabalho eficiente, da inserção de novas possibilidades, da criação de uma nova postura de trabalho, fazendo com que a empresa tenha um centro espontaneamente criativo, gerando soluções rápidas, constante e funcionais a estas organizações. Atualmente os empreendedores são reconhecidos como componentes essenciais para mobilizar capital, agregar valores aos recursos.

Ainda Dolabela (2003, p.10), a dinâmica do empreendedorismo é influenciada pelas alterações das condições do ambiente socioeconómico envolvente, tais como as recessões económicas, o forte crescimento económico, os avanços tecnológicos, as mudanças organizacional, as questões estruturais dos sectores, ou seja, é de extrema importância a existência de um ambiente propício e facilitador em termos económico e políticos.

Portanto o empreendedorismo é importante para a empresa, pois permite que a mesma mantenha-se competitiva no mercado, através de atitudes inovadoras.

 O papel do empreendedorismo

O empreendedorismo tem um papel crucial na criação de rendimento e dos postos de trabalho, na medida em que possibilita que os pequenos, médios e grandes empresários criem algo novo.

Segundo o economista angolano, Afonso que a recente lei sobre o empreendedorismo, adaptada pelo executivo, permite o surgimento de novos empregos, pois são eles que criam correctamente novos postos de trabalhos e fazem o país crescer economicamente. Pois são os pequenos empresários que inovam e fazem surgir novos mercados, produtos e desafios.

Portanto o empreendedorismo constitui uma meta de alcance estratégico da resolução dos problemas que afligem a maioria das juventudes que, durante ao longo dos anos de conflitos, não teve a oportunidade de estudar e de se suportar profissionalmente.

Tipos de empreendedores

Acredita-se que ser empreendedor é um fenómeno individual, é ter um talento que brota, e um potencial que o ser humano possui, porém necessita de algumas condições indispensáveis para gerar grandes efeitos na sociedade.

Segundo Leite (2007, p. 75), podemos destacar quatros tipos de empreendedores

a)     Empreendedor corporativo

É aquele que, a partir de uma ideia, inicia novos negócios, inventa uma nova técnica ou até uma nova forma de actuação comercial, sempre buscando transformar seus produtos em um produto de sucesso. São pessoas que investe em seu desenvolvimento dentro da organização, pessoas dotadas de iniciativa, que tem uma visão do futuro e que favorecem o destaque no mercado de trabalho, da empresa, dos produtos e de si mesmo, sempre respeitando a cultura e a política organizacional.

b)    Empreendedor interno

É aquele que actua dentro das organizações, as inovam e as fazem crescer. Suas contribuições estão em tomar novas ideias ou mesmo protótipos e transformá-los em realidades lucrativas. É aquele que busca uma visão diferente dos factos e age, em vez de ficar observando e esperar as coisas acontecerem. É funcionário da empresa e possui características empreendedoras independentemente da sua função ou posição na hierarquia da organização. Dicas para tornar-se um empreendedor interno:

O cultivar a empregabilidade (o profissional que se acomoda, tem como limite apenas a função actual que ocupa); o Repensar constantemente as estratégias pessoais; o Dizer sempre “vamos tentar”, ao invés e “não posso”, ou “talvez”; o Nunca se acomodar na segurança do cargo.

c)     Empreendedor externo

É aquele que garante a força de crescimento e alavancagem da empresa e a consolidação de novos projectos estrategicamente relevantes, por meio da optimização da capacidade de inovação. É aquele que dá origem á empresa, considera-se também aquele que consolida a empresa, fazendo que ele ultrapasse sua excelência. É o dono ou sócio da empresa, que procura criar riqueza e não somente começar um negócio meramente como um meio de substituir renda (ou seja, trabalhar para sim mesmo ao invés de trabalhar para outrem).

d)    Empreendedor social

São aqueles que assumem uma atitude proactiva no que se refere ou no que diz respeito ao desenvolvimento integrado da sua comunidade, da sua cidade ou do seu país, sempre promovendo mudanças, reunindo recursos e constituindo benefícios á comunidade.

Voluntária e terceiro sector. É aquele que contribui para a resolução de problemas sociais, ligados á pobreza, às drogas, á integração de eficientes, á exclusão social, etc. Normalmente colaboram com organizações não-governamentais e com instituições governamentais sem se refugiar na escassez de recursos.

Para Dornelas (2005,p.10-14), não existe um único tipo de empreendedor ou modelo-padrão, é difícil rotulá-lo. Esse facto mostra que torna-se empreendedor é algo que pode acontecer a qualquer um. A seguir são apresentados os tipos de empreendedor:

e)    Empreendedor nato

É o mais conheço geralmente são chamados, suas história são brilhantes e muitas vezes, começam do nada e criam grandes impérios. Começam a trabalhar jovens e adquirem habilidades de vendas e negociação.

f)      Empreendedor que aprende

É normalmente uma pessoa que quando menos esperava se deparou co uma nova oportunidade e decidiu em mudar o que fazia na vida para se dedicar ao próprio negócio.

g)     Empreendedor serial

É aquele apaixonado não apenas pela empresa que cria, mas principalmente pelo acto de empreender. Não se contenta em criar um negócio e ficar à frente dele, pois quer construir uma grande corporação. É uma pessoa dinâmica, que gosta de desafios e adrenalina de criar algo novo.

Logo os empreendedores diferenciam-se na sua esfera económica, atendendo o seu nível social, ou familiar em que esta inserido.

 

BIBLIOGRAFIA

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