ISSN: 2021-12AAnprsP21

 

SURGIMENTO DOS RECURSOS HUMANOS

O tema em questão já foi desenvolvido por vários autores e considera-se a gestão de recursos humanos como um campo vasto. É um conceito que no nosso entender tem sido objecto de entendimento diverso, conforme adianta Neves (2000, p. 3) apud Serrano (2010, p.4) pode-se afirmar que o corpo teórico da Gestão de Recursos Humanos tem o seu suporte conceptual nas teorias organizacionais e comportamentais, dentre as que mais influenciaram as diversas concepções e práticas da GRH.

Dentre esta abrangência, o mesmo autor aponta a abordagem clássica, a burocrática, das relações humanas, a abordagem sistémica e a abordagem contingencial como fundamentais neste processo.

Na perspectiva de Serrano (2010, p.4) op. Cit. a complexidade do factor humano só veio a ser apreendida na sequência do movimento das relações, o qual sublinha a dimensão informal da organização e reconhece a dimensão humana no conjunto dos vários elementos técnicos, económicos ou de mercado que compõem a organização.

 Já na visão de Oliveira (2009, p. 26) a abordagem básica da teoria era que todo e qualquer trabalhador das empresas exercem influência no comportamento empresarial e, por consequência, influencia a qualidade do processo decisório e, portanto, o nível de produtividade das empresas.

Uma das linhas que vem reforçando a visão anterior é a de Barcellar (2008, p.4), o autor refere que a abordagem humanística começou logo depois da morte de Taylor (1915), mas foi só por volta da década de 1930 que ela começou a encontrar enorme aceitação nos EUA, principalmente por suas características democráticas.

Para Chiavenato, I., (2003, p.102) a origem da Teoria das Relações Humanas deve-se aos seguintes factos:

  A necessidade de humanizar e democratizar a Administração, libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida do povo americano. Nesse sentido, a Teoria das Relações Humanas constitui um movimento tipicamente americano e voltado para a democratização dos conceitos administrativos;

  O desenvolvimento das ciências humanas – principalmente a psicologia e a sociologia – sua crescente influência intelectual e suas primeiras aplicações à organização industrial. As ciências humanas vieram demonstrar a inadequação de alguns princípios da Teoria Clássica;

  As ideias da filosofia pragmática de John Dewey (1890-1952) e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin (1890-1947) foram capitais para o humanismo na Administração. Elton Mayo (1880-1949) é o fundador da escola. Dewey e Lewin contribuíram fortemente para a sua concepção.

  As conclusões feitas por Elton Mayo sobre a Experiência de Hawthorne, realizada entre 1927 e 1932, puseram em causa alguns postulados da Teoria Clássica da Administração.

Cezar (2015) constata que com o surgimento da Teoria das Relações Humanas, uma nova linguagem passa a dominar o repertório administrativo: e daí em diante fala-se agora em motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de grupo, ou seja, os princípios clássicos passam a ser duramente contestados. O engenheiro e o técnico cedem lugar ao psicólogo e ao sociólogo. O método e a máquina perdem a primazia em favor da dinâmica de grupo. A felicidade humana passa a ser vista sob um ângulo completamente diferente, pois o homo-economicus cede lugar ao homo-social. A ênfase nas tarefas e na estrutura é substituída pela ênfase nas pessoas.

 Para Oliveira (2009, p. 26) op.cit. uma das contribuições da Teoria das Relações Humanas para a administração de empresas foi maior abrangência de participação e contribuição dos diversos profissionais, independentemente do nível hierárquico e a melhoria nas comunicações entre os diferentes níveis.


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